Cinco dias após o assassinato do radialista Glaydston
Carvalho, na cidade de Camocim (373Km de Fortaleza), a Polícia Civil ainda
trabalha na tentativa de localizar os autores materiais e intelectuais do
crime. Apenas um casal que teria dado abrigo aos pistoleiros após a execução
sumária permanece detido. A classe dos radialistas cobra das autoridades da
Segurança Pública a elucidação completa do caso.
Um jovem identificado como Tiago Lemos da Silva, 22 anos, é
suspeito de ser um dos dois pistoleiros que, na tarde da última quinta-feira
(6), invadiram as dependências da Rádio Liberdade, no Centro de Camocim, e
mataram o radialista com três tiros no momento em que ele apresentava seu
programa diário.
Francisco Carneiro Portela, 18 anos; e sua companheira, a
jovem Gisele de Sousa Nascimento, 23, foram presos no dia seguinte ao crime
após uma denúncia anônima à Polícia. Os dois foram localizados em casa, na
localidade de Serrota, na zona rural do vizinho Município de Senador Sá. Na
casa, foram encontradas duas armas de fogo (revólveres de calibre 38), dinheiro
e uma fotografia da vítima. A Polícia já sabe que o casal abrigou os
pistoleiros após o assassinato. Os dois teriam fugido na hora do cerco.
Mandante?
Pistas indicam que o crime pode ter sido planejado na
vizinha cidade de Martinópole. No último fim de semana, a Polícia apreendeu uma
motocicleta naquele Município. O veículo teria sido usado na fuga dos
criminosos.
Levantamento feito sobre a propriedade do veículo mostrou
que ele está registrado no nome de uma familiar de um vereador daquele
Municípío.
A Polícia não tem mais dúvidas de que se tratou de um crime
de pistolagem (encomenda). Os bandidos
chegaram a anunciar um assalto no momento em que invadiam as dependências da
emissora, mas não roubaram nada. Depois
da execução, fugiram do local.
Dias antes de ser morto,o radialista gravou um áudio em que
dizia que havia descoberto no facebook uma postagem em que um internauta falava de uma reunião em que
teria sido, supostamente, planejada a morte de Glaydston Carvalho. “Você agora
terá que se explicar ao delegado regional. Quem faz apologia ao crime é
criminoso”, disse o radialista.
Fonte: Blog do Jornalista Fernando Ribeiro
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