Em greve desde 9 de março, os
servidores estatutários e professores reivindicam reajuste de 20%
O prefeito do município de Japeri, Rio de Janeiro, Ivaldo Barbosa dos Santos,
propõe aos profissionais da Educação um reajuste salarial de0,01%, correspondendo a R$ 0,20. Os
servidores estatutários de apoio e professores , que estão de greve desde 9 de
março, receberam a proposta em uma audiência com o prefeito, a secretária de
Educação, Roberta Bailune e com o procurador-geral do município, Humberto
Motta, no dia 30 de março. As informações são do site Extra
“Esperava que o reajuste fosse um valor decente,
acima da inflação e mais o acréscimo que seria uma ganho real. Além da
indignação, fica a tristeza pelo descaso com que tratam a nossa profissão”,
desabafou o professor Wanderson dos Santos, 28, ao Extra. A diretora do
Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe), Catarina Rosa Araújo, disse que
a proposta é a prova da “incompetência da prefeitura, que não se preocupou com
profissionais nem com padecimento de estudantes da rede”.
A reivindicação dos grevistas é o reajuste de 20%,
mas não poderá ser alcançado por conta da Lei 9.504, que impede o aumento acima
da inflação aos funcionários públicos seis meses antes das eleições.
Segundo o presidente da Câmara, Cézar Melo (PSB), o
projeto de lei que propõe o aumento vai ser votado nesta quinta-feira após
encontro com o sindicato. “Ele vai passar pelas comissões. Vamos nos reunir com
o Sepe para debater. Se a Câmara aprovar ou reprovar, dá no mesmo porque 0,01%
não é aumento. Não tem efeito”, informou Cézar.
O procurador-geral Humberto Motta afirmou, por meio
de nota, que nos últimos seis anos os professores receberam um reajuste de
103%. Além disso, acrescentou que cerca de 90% do valor repassado pelo Fundeb
foram gastos com a classe e que diante a crise do País, a prefeitura não teve
condições de oferecer o aumento aos servidores de acordo com o reajuste mínimo
previsto em lei.
Redação O POVO Online
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